A lousa digital é como uma tela imensa de um computador, porém mais
inteligente, pois é sensível ao toque. Desta forma, tudo o que se pensar
em termos de recursos de um computador, de multimídia, simulação de
imagens e navegação na internet é possível com ela. Ou seja, funciona
como um computador, mas com uma tela melhor e maior.
O professor
pode preparar apresentações em programas comuns de computador, como
Power Point, por exemplo, e complementar com links de sites. Durante a
aula, é possível, enquanto apresenta o conteúdo programado, navegar na
internet com os estudantes. Pode ainda criar ou utilizar jogos e
atividades interativas, contando com a participação dos alunos, que vão
até a lousa e escrevem nela por meio de um teclado virtual - como
aqueles de páginas de banco na internet - ou por meio de uma caneta
especial ou com o dedo, já que a lousa lê ambas as formas.
Alunos do colégio Miguel de Cervantes observam uma lousa digital, que recebe informações de um computador, controlado pelo professor, e exibe imagens em 3D com som estéreo. Foto: Fernando Moraes |
O
ensino conta com novos recursos, pois é possível, por exemplo, fazer
apresentações em três dimensões para apresentar o corpo humano, e
estudar geografia com a ajuda de mapas feitos por satélite e disponíveis
em sites como o Google Maps ou Google Earth. "Na lousa digital, a
criatividade é o limite", comenta André Asquenazi, professor de
tecnologia da escola Lumiar Lageado, de Santo Antonio do Pinhal, a 173
km da capital paulista.
Nada do que é feito na lousa digital se perde, pois se o professor
quiser, é possível salvar a aula etapa por etapa, a cada contribuição
sua ou dos alunos. Assim as aulas podem ser guardadas para sempre e até
compartilhada com os estudantes, via e-mail.
Na Lumiar Lageado,
os professores ainda estão se adaptando à nova tecnologia e recebendo
treinamento. "Mas as crianças já dominam e o interesse delas pelas aulas
que utilizam essa novidade é muito superior àquelas sem ela", diz o
professor Asquenazi.
A lousa digital, segundo o professor, tem
permitido com que os alunos do Ensino Fundamental façam uma horta. De
início, a turma desenvolve uma horta virtual na lousa, planejando os
canteiros, a medida da área de cada plantio antes de partir para a ação.
"Depois, vamos pegar o desenho virtual e fazê-lo real na nossa área de
terra", conta o professor. "O mais empolgante nisso é que a criação será
coletiva, no virtual e no real", afirma.
Mas ainda fica uma
pergunta no ar: qual é a diferença, no aprendizado das crianças, em usar
a lousa digital ou os computadores? Este será um grande desafio para o
futuro.